V EBPC: Para jornalistas, entidades precisam aprender a se comunicar
Debate Mídia e Câncer foi novidade este ano no EBPC
Como são produzidas as notícias sobre saúde na mídia e a importância de as entidades aprenderem a se comunicar foram assunto para o painel “Mídia e câncer”, na manhã do segundo dia do V EBPC.
O mediador do debate foi o médico do Hospital Samaritano e comentarista de saúde da TV Globo, Rádio CBN e Globo News, Luiz Fernando Correa, com participação do jornalista e editor-chefe do jornal da Record News, Heródoto Barbeiro, e a jornalista e diretora de Comunicação da ACT + Saúde, Anna Monteiro. Também deram seus depoimentos a jornalista e produtora da Rádio CBN de Florianópolis, Leda Limas, e a jornalista e assessora de imprensa voluntária da AMUCC, Carla Algeri.
Luiz Fernando destacou que há pouco diálogo entre médico e jornalista – como os médicos não aprendem, na faculdade, a falar com a imprensa, os jornalistas também não se especializam em tratar assuntos de saúde. Falou ainda sobre a necessidade de as Ongs aprenderem a se comunicar com a imprensa e a usarem a internet em próprio favor. “Para estar em evidência, é preciso de notícias. E mais importante ainda, saber o que é notícia. Para isso, as redes sociais são os maiores aliados das entidades, pois a migração das grandes mídias para a internet é algo bastante forte e presente”, destacou.
A quebra de paradigmas que a internet representa foi destacada por Heródoto Barbeiro. Segundo o jornalista, qualquer pessoa que souber a diferença entre informação e notícia pode fazer jornalismo, basta ter um computador ou celular.
A jornalista Anna Monteiro explanou sobre as conquistas da ACT + Saúde no combate ao tabagismo e como as estratégias de comunicação adotadas pela organização influenciaram a opinião pública positivamente em questões como aprovação de leis contra o tabaco e na diminuição do número de fumantes no Brasil. Alertou, ainda, sobre olobby exercido pela indústria do tabaco, que utiliza o poder econômico para influenciar tanto a imprensa como o poder público.
As jornalistas Leda Limas e Carla Algeri destacaram suas experiências profissionais na cobertura de matérias sobre saúde e a mudança de paradigmas ocasionada pelo enfrentamento da doença. Todos os debatedores concordaram que um bom relacionamento com a imprensa é imprescindível à divulgação das Ongs e que a internet é ferramenta poderosa na luta contra o câncer.
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