Pacientes pedem liberação imediata e testes com a fosfoetanolamina
O II Seminário Catarinense pela Fosfoetanolamina reuniu pacientes com câncer, familiares, pesquisadores, profissionais da saúde, representantes do Legislativo catarinense e entidades para debater a liberação da substância para uso compassivo e defender a realização dos testes clínicos em Santa Catarina. O evento foi promovido pela AMUCC, comissões de Saúde da Assembleia Legislativa e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Escola do Legislativo na sexta-feira (29), na Alesc.
Uma das principais presenças na mesa do Seminário foram os doutores em química e pesquisadores Gilberto Chierice e Salvador Claro Neto. Na abertura, a deputada e presidente da Comissão Estadual de Saúde Ana Paula Lima relembrou a importância de debater esse tema, afirmando que a Comissão não poderia ignorar o clamor de pacientes que utilizam a fosfo e sentem melhora em seu estado de saúde. A deputada destacou que o Legislativo irá atuar para que as pesquisas com a fosfoetanolamina também sejam feitas em Santa Catarina. “Queremos lutar para que as vontades e os direitos do portador de câncer sejam respeitados”, destaca.
A AMUCC também defende a realização de testes com a fosfo em Santa Catarina. A presidente Leoni Margarida Simm destaca a necessidade de se realizarem os testes no Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), a exemplo do que já está sendo feito no Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp). Em sua palestra, Leoni contou suas experiências como portadora de câncer e como é difícil enfrentar o preconceito. “Por que temos que ficar escondidos dentro de casa? Queremos ao menos o direito de tentar”, afirma.
O presidente da Comissão de Saúde da OAB Maurício Batalha falou sobre as liminares em pedido da fosfoetanolamina e que o paciente tem todo o direito de pedir e de ser atendido perante a lei. “Devemos cumprir a constituição e nós como advogados esperamos que seja concluída a verdade”. Atualmente, a lei federal que liberava o uso compassivo da fosfoetanolamina foi suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu liminar da Associação Médica Brasileira (AMB).
O doutor Gilberto Chierice, aguardado com ansiedade pelos participantes do evento, falou sobre a repercussão da fosfoetanolamina entre acadêmicos, médicos e a mídia. “Só as secretarias de estado, o STF, o governo federal estão contra o avanço científico”, disse, afirmando que as pesquisas necessárias para a liberação da fosfoetalonamina seriam um dos caminhos para esse avanço na saúde nacional. Reafirmando a importância da pesquisa o professor Salvador Claro Neto, companheiro de pesquisa de Chierice, apresentou como a fosfoetanolamina combate o câncer e atinge o fígado de forma menos danosa que o tratamento convencional.
Clique aqui e veja o vídeo da Agência Alesc sobre o Seminário.
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