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HPV: o que é, sintomas, transmissão e tratamentos

A infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo causa desde verrugas até câncer. Conheça os sintomas, o tratamento, a prevenção e a vacina do HPV.

O que significa “HPV”?

É a sigla em inglês para papilomavírus humano. Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital.

Qual é a relação entre HPV e câncer?

A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

Quais são os tipos de HPV que podem causar câncer?

Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são considerados não oncogênicos.

Onde é possível fazer os exames preventivos do câncer do colo do útero pelo SUS?

Postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do SUS estão disponíveis em todos os estados do País e os exames são gratuitos. Procure a Secretaria de Saúde de seu município para obter informações.

Como os HPV são transmitidos?

A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada.

A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.

Também pode haver transmissão durante o parto.

Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas.

Uma pessoa infectada pelo vírus HPV necessariamente apresenta sinais ou sintomas?

A maioria das infecções por HPV é assintomática ou inaparente e de caráter transitório, ou seja, regride espontaneamente. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. Habitualmente as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não produzem lesões, o que chamamos de infecção latente. Quando não vemos lesões não é possível garantir que o HPV não está presente, mas apenas que não está produzindo doença.

Quais são as manifestações da infecção pelo HPV?

Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação.

A infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica.

As lesões clínicas se apresentam como verrugas, são tecnicamente denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”. Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos.

As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal. No colo do útero são chamadas de Lesões Intra-epiteliais de Baixo Grau/Neoplasia Intra-epitelial grau I (NIC I), que refletem apenas a presença do vírus, e de Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau/Neoplasia Intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que são as verdadeiras lesões precursoras do câncer do colo do útero.

O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é raro.

Estou com uma lesão genital que se assemelha à descrição de lesão provocada por HPV. O que devo fazer?

É recomendado procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Como a infecção pelo HPV é diagnosticada em homens e mulheres?

A investigação diagnóstica da infecção latente pelo HPV, que ocorre na ausência de manifestações clínicas ou subclínicas, só pode atualmente ser realizada por meio de exames de biologia molecular, que mostram a presença do DNA do vírus. Entretanto, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV, mas sim suas manifestações.

O diagnóstico das verrugas ano-genitais pode ser feito em homens e em mulheres por meio do exame clínico.

As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais (citopatológico, histopatológico e de biologia molecular) ou do uso de instrumentos com poder de aumentar sua visualização (lentes de aumento), após a aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia, peniscopia, anuscopia).

Qual o tratamento para a infecção pelo HPV?

Não há tratamento específico para eliminar o vírus.

O tratamento das verrugas genitais deve ser individualizado, dependendo da extensão, quantidade e localização das lesões. Podem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.

Que tipo de médico deve ser procurado para o tratamento de pacientes com infecção por HPV?

Médicos ginecologistas, urologistas ou proctologistas podem tratar pessoas com infecção por HPV. Outros especialistas podem ser indicados após análise individual de cada caso.

Após passar por tratamento contra o HPV, a pessoa pode se reinfectar?

Sim. A infecção por HPV pode não induzir imunidade natural e, além disso, pode ocorrer contato com outro tipo viral.

Existe vacina contra o HPV?

Sim. Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.

O Ministério da Saúde, em 2014, iniciou a implementação no Sistema Único de Saúde da vacinação gratuita contra o HPV em meninas de 9 a 13 anos de idade, com a vacina quadrivalente. Esta faixa etária foi escolhida por ser a que apresenta maior benefício pela grande produção de anticorpos e por ter sido menos exposta ao vírus por meio de relações sexuais.

Em 2017, as meninas de 14 anos também foram incluídas. Além disso, o esquema vacinal do SUS foi ampliado para meninos de 11 a 14 anos.

Como funciona a vacinação no Brasil?

De forma particular, a vacina está disponível para homens entre 9 e 26 anos e mulheres de 9 a 45 anos. No SUS – Sistema Único de Saúde, as idades são de 9 a 14 para meninos e meninas. 
Existe uma campanha de vacinação nas escolas, onde o Ministério da Saúde tem o intuito de proteger os pré-adolescentes e adolescentes antes da vida sexual ativa, fazendo com que diminuam os ricos do contato com o vírus em qualquer momento da vida. As doses variam de acordo ao tipo da vacina injetada.

A vacinação para portadores de AIDS HIV, pessoas com câncer ou órgãos transplantados, entre 9 e 26 anos, também é disponível no SUS. 
Grávidas, alérgicos as substâncias da vacina, pessoas com febre, doença aguda, problemas nas plaquetas não podem ser vacinadas. 

https://blog.partmedsaude.com.br/

A importância da vacina contra o HPV

O papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, possui mais de 100 tipos que podem infectar a pele e as mucosas de homens e mulheres, dos quais 40 estão relacionados às infecções genitais e anais. Sua principal forma de transmissão é pela via sexual, havendo ou não penetração. Algumas tipos do vírus provocam verrugas, sendo 90% dos casos provocados pelos tipos 6 e 11, ou lesões que tendem à regressão. Pelo menos outros 13 tipos podem produzir lesões com potencial de progressão para o câncer, tendo os tipos 16 e 18 presentes em cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero no mundo.

Estudos apontam que quase 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com o vírus em algum momento de suas vidas, frequentemente logo após o início da atividade sexual. A maioria das mulheres que tem contato com o HPV nunca apresentará doença, cerca de 5% das mulheres poderá apresentar alguma alteração no preventivo e 1% apresentará uma lesão com potencial de progressão para o câncer em alguns anos se deixada sem tratamento.

Com a intenção de diminuir o contágio por esse vírus é que o Ministério da Saúde iniciou, este ano, a vacinação contra o HPV, que passou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos, idade em que se acredita que a maioria das meninas ainda não iniciou a atividade sexual e, portanto, ainda não teve contato com o HPV. “A imunização de mulheres mais maduras é menos eficaz porque muitas dessas mulheres já terão tido contato com o HPV e a vacina não é capaz de impedir que infecções já presentes acarretem numa lesão”, explica o responsável pelo setor de doenças do colo do útero do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fábio Russomano.

Para o médico, o principal ganho da campanha será percebido em longo prazo. “Com essa geração de meninas protegidas, o risco de lesões precursoras do câncer do colo do útero será muito reduzido, assim como o número de mulheres com preventivos alterados e a necessidade de exames diagnósticos e tratamento. Todavia, como a vacina não protege contra todos os tipos de HPV o exame Papanicolau deverá ser realizado mesmo em mulheres vacinadas conforme a recomendação do Ministério da Saúde, isto é, a partir dos 25 anos e a cada três anos depois de dois exames normais com intervalo de um ano. Este é um avanço em Saúde Pública, completamente impensado há poucos anos atrás”, explica ele.

Fábio Russomano enfatiza que ainda não há comprovação científica para reações adversas graves que a vacina possa causar. Em julho deste ano, a OMS emitiu um comunicado reafirmando a importância e a segurança da vacina. “Já existem mais 175 milhões de doses aplicadas e não há nenhuma evidência ou relatos de que essa vacina tenha causado algum evento grave associado à ela. Os efeitos colaterais mais comuns são dor de cabeça, náusea, febre branda e reação no local da aplicação”, disse ele.

Fontes: https://saude.abril.com.br/medicina/hpv/; https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/hpv; https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/hpv?gclid=cj0kcqjwub-hbhcyarisapctr7wl0c3xg2nsnwdlzjxwzmzjaanv_tjh8qb0a2rpnm2n46snnmbvmnoaan-bealw_wcb; http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/58-hpv.

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