Associações pedem que leis que agilizam exames e tratamentos sejam cumpridas

Legislação determina até 30 dias para realização da biópsia, em caso de suspeita de câncer, e até 60 dias após o diagnóstico para início do tratamento.

AMUCC participa de debate no 11º Fórum Nacional de Políticas Públicas de Saúde em Oncologia On-line promovido pelo Instituto Oncoguia no dia 05/05/2021.

Leoni Margarida Simm, presidente da AMUCC, participou do painel “A Jornada do Paciente com Câncer: Real X Ideal”, juntamente com Luciana Holtz, presidente da Oncoguia; Daniele Castelo Branco, gestora da Associação nossa Casa e Merula Steagall, presidente da Abrale.

Leoni listou os principais desafios do paciente em sua trajetória, desde a espera pelo diagnóstico até o início do tratamento. Salientou que a demora no diagnóstico do câncer, o isolamento e medo do paciente pelo COVID, erros nos encaminhamentos com classificação errada no Sistema de Regulação na Atenção Básica, falhas no acesso ao gerenciamento das filas, pacientes graves esperando pelo início do tratamento há meses, falta de medicamentos essenciais para tratamento do câncer, medicamentos disponíveis nos Planos de Saúde não estão disponíveis no SUS, preconceitos em relação a diversidade e o adiamento das cirurgias de câncer tem contribuído para diagnósticos tardios e tratamentos inadequados (fora do tempo e tecnologias ultrapassadas): “A demora no diagnóstico impacta no tratamento como um todo”.

Leoni ressalta ainda que em 2021, a regra do orçamento emergencial para enfrentamento à pandemia não foi considerada e voltamos ao sufocamento da EC 95/2016. Os recursos destinados para a Saúde sofreram corte de mais de R$ 34 bilhões em relação ao gasto no ano anterior.  O montante aprovado foi de R$ 125,7 bilhões. Em 2020, o valor executado com a área foi de R$ 160 bilhões. A perda em 2021 deve interferir de forma drástica em inúmeras ações do SUS, visto que haverá demanda reprimida diante da pandemia.

veja mais em: estudio,folha.uol.com