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AMUCC  participa de audiência pública na ALESC em defesa do paciente

AMUCC participa de audiência pública na ALESC em defesa do paciente

Em audiência pública na Alesc, debatedores pedem campanha de conscientização sobre o câncer melanoma.

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina realizou, nesta terça-feira (11), audiência pública para debater sobre a conscientização da população sobre a importância e a gravidade do melanoma. O debate foi coordenado pelo presidente do colegiado, deputado Neodi Saretta (PT).

​​​​​​​A Assistente Social e representante a Associação Brasileira de Portadores de Câncer (Amucc), Maria Conceição dos Santos, destacou que maio é o mês de conscientização do câncer melanoma. A campanha é uma conscientização do Instituto Vencer o Câncer junto com o Melanoma Brasil, Projeto Camaleão e apoio técnico da Colabore.

Ela explicou que o melanoma possui maior incidência em pessoas brancas, e pode aparecer em qualquer parte do corpo em forma de machas, pintas ou sinais. Ressaltou, ainda, que é o tipo mais grave de câncer devido a sua facilidade em virar metástase e por ser uma doença muito silenciosa.

De acordo com Maria, na Região Sul, o melanoma é o tipo de câncer mais incidente quando comparado as demais regiões. Apresentou dados de pesquisa realizada pela associação no site do Inca, em que o Brasil registrou em 2019, 1.978 óbitos em decorrência do câncer de pele melanoma. A estimativa, segundo o Inca, é que de 2020 a 2022 ocorram 8.450 novos casos de melanoma anualmente.

Quanto ao tratamento no SUS, ela informou que em janeiro foi realizada consulta pública para incorporação de novas opções terapêuticas para o tratamento em primeira linha do melanoma avançado não cirúrgico e metastático no SUS. A Comissão analisou as evidências cientificas de todas as terapias disponíveis para a doença.

Porém, na avaliação da Conitec, foi recomendada a não incorporação das tecnologias, argumentando que eles não demonstraram ser custo efetivos e que trariam impacto orçamentário inviável para o SUS.

A representante da Amucc informou que o objetivo é chegarem no diagnóstico precoce para câncer de pele, que segundo ela, poderia ser facilmente diagnosticada no início. De acordo com ela, isso acontecerá através de políticas públicas como a atualização da PCDT, levantamento de dados, implementação de programas, reconhecimento da doença pela especialidade médica, engajamento da sociedade civil, levantamentos de dados com gasto de medicamentos e a atualização da lista de espera por pacientes.

Maria aproveitou a oportunidade para falar sobre a demora para a realização de biópsias para a detecção do câncer, solicitando agilidade: Diagnóstico precoce salva vidas!

A Dra. Lucilda Cerqueira Lima, especialista em Oncologia Clínica do Cepon, ressaltou que o principal fator de risco do melanoma é a exposição solar durante a infância e adolescência. Além disso, complementou que o melanoma é extremamente prevalente em Santa Catarina, com mortalidade muito alta.

Para a médica especialista, é preciso realizar campanhas de prevenção para a população em geral, alegando que há alguns anos não é realizada campanha de prevenção no Brasil. Ela pediu ainda, que seja realizada a distribuição de protetor solar, uma vez que o custo do mesmo é alto.

A médica relatou que a maioria dos pacientes chega ao Cepon com a doença em estado avançado, com metástase, e defendeu a realização de um esforço nacional para inclusão de novas drogas e tratamentos desses pacientes, como a imunoterapia.

A Representante da Secretaria de Estado da Saúde, Karen Scherer Bastos, explicou sobre o funcionamento do serviço de teledermatologia, um serviço considerado referência no Brasil, que possibilita o diagnóstico à distância. Ela frisou que o diagnóstico precoce possibilita 90% de chance de cura do melanoma e afirmou que há um encaminhamento imediato do paciente para cirurgia, não havendo fila para esse procedimento no estado.

O presidente da comissão, deputado Neodi Saretta (PT), ressaltou a necessidade de intensificar as campanhas de prevenção e inserção de medicamentos para o tratamento da doença.

O deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que foi secretário de Estado da Saúde, atestou que esse serviço teledermatologia é um dos que melhor funcionam em Santa Catarina. Defendeu também que o diagnóstico precoce é fundamental, argumentando que quanto mais cidades se inserirem no projeto da teledermatologia, mais cedo será realizado o diagnóstico.

A deputada Ada de Luca (MDB) sugeriu que seja levado ao secretário de saúde a necessidade de realizar campanhas de prevenção na saúde. O deputado Jair Miotto (PSC), também participou do debate.

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