AMUCC apoia Manifesto em Defesa do SUS de Florianópolis
A AMUCC apoia o Manifesto em Defesa do SUS em Florianópolis, movimento que será realizado neste dia 18 de outubro, às 13h, em frente à Catedral Metropolitana. A mobilização é uma iniciativa do Conselho Municipal de Saúde, do qual a AMUCC faz parte. Leia abaixo o manifesto na íntegra:
MANIFESTO EM DEFESA DO SUS DE FLORIANÓPOLIS
Não dá para cortar na Saúde! Prefeito devolva os 38 milhões!
O SUS de Florianópolis está correndo um grande risco com o corte de 28 milhões no orçamento da Saúde anunciado em abril pelo prefeito Cesar Souza Junior, que somados aos 10 milhões já ocorridos em 2015, totalizam 38 milhões de reais.
Na 9º Conferência Municipal de Saúde de Florianópolis, realizada em 2015, e que contou 1.045 participantes, com a representação dos vários segmentos sociais, aprovou a seguinte proposta: Estabelecer 25% do financiamento do município para a saúde, com aumento gradual de 2% ao ano.
Na contramão do que o controle social indica como caminho para a viabilidade financeira do SUS, o que se percebe é uma diminuição progressiva dos recursos direcionados para a saúde pela Prefeitura: 19,86% em 2011, 19,62% em 2012, 18,77% em 2013, 18,03% em 2014 e 18,80% em 2015. Com os cortes deste ano, a previsão é que o orçamento seja de 17,04%. Como manter a rede e ampliar os serviços com a queda dos recursos?
Uma pesquisa recente indicou que, para 44% da população de Florianópolis, a saúde é o maior problema enfrentado atualmente.
A consequência da falta de recursos já sendo sentida pela população com a falta de materiais para procedimentos odontológicos e de enfermagem, de limpeza e escritório, entre outros. Há falta de medicamentos e dificuldades para a realização de exames. Já estão em falta alguns modelos de seringa (incluindo a seringa de insulina, essencial para os diabéticos), alguns modelos de luva, abaixador de língua, soro fisiológico, equipo para nutrição enteral, entre outros. E a lista só vai aumentar caso o recurso não seja imediatamente disponibilizado.
O contigenciamento implicou, também, na interrupção de diversas obras de centros de saúde no município. A proibição de contratação de profissionais de saúde até 31/12/16 vai prejudicar o acesso onde houver falta destes funcionários.
Os conselheiros municipais e locais de Saúde de Florianópolis e as diversas entidades envolvidas estão em negociação com o prefeito e seus secretários, indicando alternativas para reversão do contingenciamento dos recursos da saúde. Apesar de anunciado na mídia, o recurso de R$ 11,8 milhões prometidos pelo prefeito em 27 de julho ainda não foi disponibilizado. Este recurso é fundamental para garantir a retomada dos contratos com clínicas para exames e consultas de média complexidade.
A situação é crítica e precisamos nos mobilizar. O controle social está organizando uma agenda de atos onde, com a presença da população e dos trabalhadores, faremos a cobrança para a imediata suspensão do contingenciamento da saúde! Em defesa do SUS público, gratuito e de qualidade! O próximo ato será dia 18 de outubro às 13h em frente a Catedral no Centro da cidade. PARTICIPE!!!
A luta pela Saúde é de todos… Todos usamos o SUS!
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