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A terapia ocupacional como auxiliar no tratamento oncológico

A terapia ocupacional como auxiliar no tratamento oncológico

Entre tantos procedimentos terapêuticos que envolvem o tratamento oncológico, a terapia ocupacional tem um papel fundamental. Mas você sabe o que é terapia ocupacional?

Segundo o Conselho Nacional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), o terapeuta ocupacional atua a partir de conhecimentos nas áreas da saúde e sociais: trata-se de uma “profissão nível superior voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas, através da sistematização e utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos, na atenção básica, média complexidade e alta complexidade”.

No tratamento específico da oncologia, o terapeuta ocupacional atua tanto no auxílio dos pacientes em tratamento, na reabilitação após tratamento ou mesmo com os familiares do paciente, podendo atuar em hospitais, clínicas, instituições, ou no atendimento domiciliar, assistindo a grupos ou o paciente individualmente.

A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) detalha as intervenções que este profissional pode realizar no atendimento aos pacientes oncológicos e seus familiares:

  • Realizar atividades que ajudam a controlar dores e incômodos, como exercícios para melhorar a postura ou para tratar a falta de ar;
  • Realizar atividades prazerosas e que sejam do agrado do paciente: natação, pintura, pilates, costura, crochê. O importante é ter o acompanhamento do médico responsável, para saber se não há restrições;
  • Buscar dar ao paciente o máximo de independência possível, mantendo suas atividades do dia a dia. Mesmo em fases de maior debilidade, isso deve ser incentivado, ainda que em pequenas atitudes, como tomar banho e escovar os dentes;
  • Com o adoecimento, os familiares também passam por um período de rupturas e mudanças, de desorganização e reconfiguração de seus papéis. O terapeuta ocupacional poderá ajudá-lo a vivenciar todo este processo, buscando atuar sobre as questões relativas a estas rupturas e aos sofrimentos sempre tendo como meta principal a melhoria da qualidade de vida de todos os envolvidos.

O Instituto Oncoguia também traz informações sobre a atuação do terapeuta ocupacional, como o atendimento individualizado e o tratamento tanto físico como mental. Em entrevista publicada no site do Instituto, a terapeuta ocupacional Patrícia Citó detalha alguns benefícios da terapia ocupacional: “melhora na autoconfiança, bem-estar e auto estima; exercícios terapêuticos; massagem, alongamento e relaxamento; técnicas de controle da dor e da fadiga; confecção e indicação de órteses – aparelhos utilizados para melhorar a posição das diversas partes do corpo, permitindo movimentos ou evitando sequelas; acolhimento, apoio e escuta”.

Assim, a terapia ocupacional pode ser considerada uma importante aliada no tratamento oncológico, promovendo a independência e o bem-estar físico e mental do paciente.

Nos último anos, a AMUCC tem utilizado a arteterapia como apoio ao paciente oncológico, explorando sentimentos, ajudando a recuperar a autoestima, reduzir a ansiedade e o medo, bem como na superação de conflitos emocionais, tornando-se um veículo importante para pacientes com câncer, já que estão enfrentando fortes emoções.

Para pacientes que estão passando pela quimioterapia, a arteterapia tem sido um grande aliado ajudando a relaxar, conversar com especialista, se expressar e também a encontrar significado em sua vida.

Fontes: AMUCC, Abrale, Cofitto e Instituto Oncoguia.

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